Esteticista que participou de procedimento estético em fotógrafa que passou mal e morreu em Cosmópolis é identificada

Clínica onde Roberta Correa foi atendida fica no Spazio Di Bellezza Estevam, em Cosmópolis — Foto: Reprodução/EPTV

A Polícia Civil informou que foi identificada, nesta terça-feira (17), a esteticista e cosmetóloga que participou do procedimento estético realizado na fotógrafa Roberta Correa, de 44 anos, em Cosmópolis (SP). Isabella Dourado Fernandes, de 29 anos, teria aplicado a anestesia na paciente, que teve uma parada cardíaca e morreu após ficar internada.

A outra profissional que participava do procedimento é a biomédica Vanuza de Aguilar Takata, que tinha iniciado a aplicação de endolaser na paciente, para remoção de gordura localizada, mas o procedimento foi paralisado quando ela começou a passar mal.

Dois advogados de Isabella estiveram na Delegacia de Cosmópolis nesta terça, conversaram com o delegado responsável pelo caso e entregaram documentos.

“Eles apresentaram o certificado de conclusão do curso, um diploma de pós-graduação. E embora ela more em São Paulo, se prontificaram a apresentá-la nos próximos dias”, explicou o delegado Fernando Perigolo.

Nesta quarta-feira, o delegado deve ouvir a biomédica. A polícia também esteve nesta terça no salão onde foi realizado o procedimento. Foram recolhidos alguns materiais no local. Foi solicitada perícia do Instituto Criminalística no espaço.

“A perícia vai lá ainda essa semana, vai fazer fotos, vai ver quais equipamentos tem, porque até agora foi só a Vigilância Sanitária. Aí agora vai o Instituto de Criminalística para ver se existia algum equipamento de reanimação, se há material de sedação. Nós vamos avaliar tudo isso daí”, acrescentou Perigolo.

A polícia solicitou a estabelecimentos que ficam próximos à clínica imagens de câmeras de segurança que possam ter registrado a movimentação no dia da realização do procedimento na fotógrafa.

Entenda a cronologia do caso

  • Roberta Correa procurou clínica para fazer um endolaser, técnica para remover gordura localizada, mas passou mal e morreu.
  • Uma prima da vítima disse que, depois da anestesia, Roberta começou a sentir um calafrio, desmaiou e teve uma parada cardíaca.
  • Ela foi socorrida e levada para a Santa Casa da cidade, onde foi constatado que tinha tido ocorrido uma parada cardíaca. Dias depois, teve morte cerebral.
  • Roberta era fotógrafa, trabalhava com comunicação e produção musical. Era conhecida na cidade e deixa dois filhos e o marido.
  • A clínica fica a cerca de 350 metros da Santa Casa de Misericórdia de Cosmópolis e a família diz que a biomédica demorou para pedir o resgate.
  • O local foi lacrado após constatação de que não tinha autorização para realizar o procedimento estético.
  • A Polícia Civil instaurou inquérito e o Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região (CRBM1) também apura o caso.
  • O CRBM1 informou que “não há registro de quaisquer irregularidades contra a profissional Vanuza de Aguilar Takata”, e que ela é biomédica regularmente, mas que vai seguir acompanhando o caso.
  • Vanuza informou em nota que a paciente passou mal no início da aplicação do anestésico, que teria sido realizada por outra profissional habilitada. E que “o socorro foi prestado imediatamente e as profissionais colocaram-se à disposição para todas as necessidades e averiguações”.
  • O advogado dela, Douglas Oliveira classificou o caso como uma fatalidade e que a paciente assinou um documento dizendo que não tinha nenhum problema de saúde.
  • A responsável pelo imóvel onde ocorreu atendimento afirma que aluga ele para profissionais de beleza, incluindo a clínica, e que cada um é responsável por sua prestação de serviço.

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