Ministério Público Inicia Investigação para Avaliar Reivindicação de Anulação da Eleição do Conselho Tutelar

O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) vai abrir um inquérito para verificar apontamentos feitos pelo candidato à eleição deste ano do Conselho Tutelar de Americana, Pedro Gatti, em impugnação protocolada no dia 4 de outubro. O candidato pede a anulação do pleito.

Segundo Gatti, nas entradas das sessões de algumas escolas havia folhas tamanho A4 com logotipos da Casa dos Conselhos e do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente) – portanto, documentos oficiais – que listavam os 13 candidatos com nome e número.

Porém, o número de urna de Gatti, que era 1002, estava escrito errado (1012) e pertencia à candidata Aline Martins da Silva, que recebeu 857 votos e se elegeu.

Gatti teve 562 votos e ficou como suplente. O candidato acredita que o erro pode ter induzido as pessoas a votarem em Aline.

Pedro Gatti questiona eleição deste ano do Conselho Tutelar – Foto: Claudeci Junior/Liberal

Em resposta a um questionamento do LIBERAL, o MP-SP disse que “há necessidade de esclarecer alguns pontos mencionados na impugnação” e por isso será aberto o inquérito civil.

ANÁLISE

O ministério ainda ressaltou que “houve uma resposta apresentada pela presidente da Comissão Eleitoral [Mariana Zimmermann] acerca da impugnação, porém ainda não vieram os documentos para a análise deste órgão ministerial, razão pela qual se entende que será necessário a abertura deste procedimento de investigação.”

Caso o MP-SP dê parecer negativo ao pedido de anulação, Gatti afirmou que pretende levar para instâncias maiores, inclusive para a Justiça comum.

A manifestação apresentada pela Comissão Eleitoral ao MP-SP foi noticiada pelo LIBERAL neste mês.

Nela, o comitê aponta que, no seu entendimento, não cabe impugnação, já que foram espalhados cartazes tamanho A3 com as informações corretas dos candidatos.

A comissão alegou que a lista da folha A4 foi afixada “apenas para norteamento dos mesários”. Além disso, argumentou que havia seis ou mais cartazes A3 nas salas, portanto “uma folha de A4 não levaria o eleitor a erro”.

Fonte: O Liberal

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