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Americana debate Trabalho Escravo e rede de atendimento aos imigrantes e refugiados

O tema “Trabalho Escravo” foi abordado, nesta terça-feira (23), no Campus Maria Auxiliadora da UNISAL, pelo Centro de Apoio e Pastoral do Migrante de São Paulo (CAMI), durante capacitação promovida pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) da Prefeitura de Americana, por meio da Política de Atenção aos Migrantes, Imigrantes e Refugiados e do Comitê MigraRe – Comitê Gestor Intersetorial de Atenção e Promoção aos Direitos Humanos de Imigrantes, Migrantes e Refugiados. A atividade, que começou na segunda-feira (22) e terminou nesta terça-feira (23), reuniu 150 profissionais da rede de atendimento de diversos municípios.

As facilitadoras Carla Aparecida Silva Aguilar, assistente social e coordenadora do CAMI, e a doutora Bruna Rodrigues P. Lima, advogada do CAMI, ministraram as atividades abordando a questão do trabalho escravo e tráfico de pessoas, com a apresentação da experiência exitosa do CAMI, visando o fortalecimento e aprimoramento dos trabalhos nos municípios.

“É importante que os municípios se organizem para que o trabalho na rede de atendimento seja fortalecido, visando combater o trabalho escravo e promover o trabalho digno. Há todo um acolhimento que precisa ser feito e um caminho a ser percorrido pelas vítimas, que necessitam de suporte. Imigrantes e refugiados que trabalham 12, 15 horas por dia estão sendo explorados, pois o empregador não registra carteira, não paga FGTS, nem outros direitos, e são submetidos a todo tipo de situação. Pensam que, porque são pobres, podem ser explorados. Mas é uma questão de direitos trabalhistas, é preciso respeitar. Por isso, a rede de atendimento presta este tipo de esclarecimento e ajuda no encaminhamento aos serviços públicos, na parte de documentação pessoal, apoio psicológico para romper o vínculo e o ciclo de sofrimento. Para isso, existe um fluxo de atendimento, que também vai auxiliar a estruturar e aprimorar as políticas públicas”, explica a advogada Bruna.

A capacitação também abordou os temas sobre saúde, educação, moradia, segurança, integração e inclusão social, empregabilidade, acesso e validação de documentos, a importância das redes socioassistencial e intersetorial, com dinâmicas e oficinas práticas, aplicação de jogos sobre o trabalho digno no Brasil, direitos humanos e depoimentos de mulheres imigrantes.

Estiveram representadas no evento, além de Americana, as cidades de Campinas, Engenheiro Coelho, Hortolândia, Limeira, Jaguariúna, Mogi Guaçu, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara, Piracicaba, Santo Antônio de Posse, Rio das Pedras, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.

O Programa de Atenção e Promoção aos Direitos Humanos de Imigrantes, Migrantes e Refugiados e o Comitê MigraRe foram instituídos em maio, em Americana. “As ações avançam no município e vão aprimorar os trabalhos na rede de atendimento”, afirmou a diretora da Unidade de Assistência Social e Direitos Humanos de Americana, Beatriz Betoli Bezerra.

Mais informações sobre o trabalho do CAMI podem ser acessadas no endereço www.cami.org.br

Foto: Marilia Pierre

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