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Fórum em Santa Bárbara destaca a Importância do Diagnóstico do Autismo

Neuropediatra Charlington Cavalcante abriu o 1º Fórum sobre Autismo em Santa Bárbara – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

No último sábado (27), aproximadamente 200 pessoas participaram ativamente do 1º Fórum sobre Autismo em Santa Bárbara d’Oeste, um evento organizado pelo vereador Celso Ávila (PV) e sediado na Igreja Nazareno, localizada no Jardim Souza Queiroz.

A abertura do fórum ficou a cargo do renomado neuropediatra Charlington Cavalcante, que desdobrou explicações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e delineou perspectivas futuras. Durante sua apresentação, Cavalcante ressaltou a vital importância do diagnóstico precoce do autismo.

“Com a vastidão de informações disponíveis na internet, muitas famílias se encontram perdidas, sem saber por onde começar. O evento tem como objetivo central fornecer informações estruturadas e organizar conhecimentos para auxiliar as pessoas. Pretendemos ajudar as famílias a compreender o autismo, orientando sobre tratamentos, acesso a redes de apoio e a luta pelos direitos”, explicou o médico.

Cavalcante enfatizou a prevalência do TEA na sociedade atual. “Estamos diagnosticando muitos casos que, anteriormente, eram rotulados como estranhos, tímidos ou isolados. O diagnóstico precoce permite o tratamento efetivo desde cedo, assegurando uma melhor qualidade de vida e saúde mental na idade adulta.”

O médico também apontou que, após o diagnóstico de um filho com autismo, é comum que os pais identifiquem aspectos autistas em si mesmos, seja na dificuldade de comunicação, falta de habilidades sociais, comportamentos atípicos ou outras características. “O diagnóstico nesses casos facilita o acesso aos tratamentos adequados.”

Os sinais que podem indicar autismo incluem dificuldades de interação social, compreensão do pensamento alheio e habilidades de comunicação. “Se essas habilidades não forem adquiridas nos primeiros anos de vida, as consequências podem se manifestar ao longo da vida ou mesmo na idade adulta”, alertou o médico.

O tratamento para o autismo é predominantemente clínico, envolvendo acompanhamento por profissionais como psicólogo comportamental, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. Outros especialistas, como psicopedagogos, nutricionistas, educadores físicos e fisioterapeutas, podem ser necessários ao longo do processo. “A ideia é tratar cedo, tratando menos e alcançando resultados mais eficazes”, ressaltou Cavalcante.

O evento também contou com a participação do ativista Álvaro Costa, conhecido como Kaká, criador do projeto Ação Azul em prol da conscientização e apoio às pessoas com autismo, e Carine Sena, presidente do Gruma (Grupo de Mães Acolhedoras do Autismo), que reúne mais de 350 mães de Americana, Nova Odessa, Sumaré, Limeira e Campinas. O fórum consolidou-se como uma iniciativa fundamental para disseminar conhecimento e promover a conscientização sobre o autismo na comunidade de Santa Bárbara d’Oeste.

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